Mais uma vez cruzam-se os destinos
E queimam-se as estradas de todos os dias
Passando por tantas outras e outros
Quando há apenas um capaz de lhe ver
Solitário a buscar nas entrelinhas da vida
A marcha da coragem seguindo em frente
Em meio a tantos ventos impiedosos
Trazidos pela implacável sorte
E por entre estes caminhará sempre
Aproxima-se o calar da escuridão
Enruga cada anoitecer
Transmutando cada insignificância
Numa nuvem de agonia e acidez
Disforme fazem-se os caminhos perante ti
Por onde cruzará com correntes de dor
Saber da incerteza de apalpar
Um empecilho à tua força de vontade
Afunda-te no pântano do desconhecido
Desce ao rio de águas amargas
Movimentando dentro de ti
Assim te guiará pela vida o teu coração
Que guiou sua intuição a cada segundo
Uma maré que a todas as alturas te eleva
A um porto seguro te desemborcará.
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